Edição: 2
Editora: Leya
ISBN: 9788562936067
Ano: 2011
Páginas: 367
Existe um esquema tão repetido para contar a história do Brasil, que
basta misturar chavões, mudar datas ou nomes, e pronto. Você já pode
passar em qualquer prova de história na escola. Nesse livro, o
jornalista Leandro Narloch prefere adotar uma postura diferente ? que
vai além dos mocinhos e bandidos tão conhecidos. Ele mesmo, logo no
prefácio, avisa ao leitor: "Este livro não quer ser um falso estudo
acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena
coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis,
escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos." É
verdade: esse guia enfurecerá muitas pessoas. Porém, é também verdade
que a história, assim, fica muito mais interessante e saborosa para quem
a lê.
Você acredita em tudo que te contaram em aulas de história
na escola ou até mesmo na faculdade? Então se prepare para ler esse livro, ele
vai mudar completamente a sua visão do mundo depois que ler ele.
Desde o lançamento desse livro tive vontade de ler ele,
fiquei feliz por não ter comprado a primeira versão, essa segunda tem 63
páginas a mais de conteúdo e posso dizer que cada página é muito bem
aproveitada nesse livro.
Já começo elogiando o livro pela capa que tem o desenho de
várias personalidades da história do Brasil e se você não souber quem é todo
mundo na capa, sem problemas, na contracapa tem a sombra de todos eles com um
número e em cima um quadrado identificando cada uma deles.
O livro é muito bem elaborado, os textos nunca ocupam a
página toda, sempre fica no canto direito ou esquerdo da página, o que facilita
para o escritor colocar as observações e adendos no livro e também para as
próprias anotações caso você tenha esse costume.
No meio dos capítulos existem textos anexos em páginas
pretas, normalmente esses são os que mais impressionam, pois não tem toda a
história, é como que jogado na sua cara a falsidade que você ouviu toda a sua
vida.
A única crítica que eu realmente tenho sobre o livro é o
Sumário que acho que poderia ser muito melhor explicativo para se localizar.
Quando acabamos de ler o Guia a pergunta que não sai da
cabeça é se já sabemos o que tem de errado nos livros teóricos das escolas, por
que continuamos insistindo na mentira e iludindo as crianças do país? Fazendo
com que acreditem em contos e fábulas. Afinal, eu preferia muito mais ter
aprendido todas as novas descobertas na escola ao invés de saber só depois de
velha que tudo no qual eu acreditava era mentira, apesar de que por mim, muitas
coisas que tinha no livro eu já sabia por gostar de ler livros de história.
Mas, tem um problema, você pode ler o livro e também não
acreditar nele, preferir acreditar no que seus professores te falaram nas
aulas, mas o Guia na verdade deveria ser leitura obrigatória e todas as
apostilas modificadas, não deveria dar muito trabalho, será que não mudam por
achar cômodo continuar na mentira do que arrumar?
Não tem como ler esse livro sem fazer caras de surpresas ou
até mesmo soltar expressões como "nossa" e coisas do tipo, a cada
página temos uma surpresa nova, nomes que ouvimos e falamos muito e na verdade
não sabíamos toda a verdade sobre ele.
Se prepare para ser chocado e refletir muito sobre os seus
pensamentos e até mesmo a sua atitude quando for ler esse livro.
E pra finalizar a última frase do livro (espero que ela não
faça algumas pessoas desistirem da leitura): "E viva o Brasil
capitalista!".