17 de setembro de 2011

"Atlantis", David Gibbins

Edição: 1
Editora: Planeta
ISBN: 8576651416
Ano: 2006
Páginas: 440

      Neste romance carregado de dados reais e atualizados sobre um dos maiores mistérios da humanidade, o experiente arqueólogo Jack Howard depara-se com pistas que podem levar à cidade perdida, mencionada ainda na Antiguidade pelo filósofo grego Platão, e que representa a utopia do ideal de sociedade, de harmonia e de fartura. Durante milhares de anos, pesquisadores vêm tentando encontrar Atlântida. Um dia o arqueólogo marinho Jack Howard e sua equipe tiveram sorte. Enquanto mergulhavam em busca de um naufrágio do tempo de Homero, encontraram ruínas submersas que pareciam ser de Atlântida. Mas a informação vazou e um grupo de terroristas e mercenários fica sabendo que os segredos da Atlântida estavam prestes a ser revelados. Repentinamente, Jack e sua equipe se vêem envolvidos em um jogo de vida e morte. A revelação teria um alto preço. 


     Quando encontramos um livro que tem a intenção de mencionar como seria a descoberta de Atlântida mais um grupo de mercenários querendo atrapalhar, imaginamos um livro cheio de ação, de descobertas gostosas e que nos prende do começo ao fim, mas o livro Atlantis é completamente diferente disso que eu esperava.
     A história do livro é boa mas mesmo depois de ler 10 páginas a gente sempre tem a sensação de que não andou na história, ele perde tempo com detalhes que não fazem diferença, como por exemplo, explicando como funciona cada equipamento usado pelos arqueólogos ou diferenciando bombas e armas utilizadas no livro, o que torna com que a trama seja cansativa. 
     Mesmo com essa lentidão da história, ainda tinha esperança de que os inimigos da história trouxessem um pouco de ação ao livro e assim fazendo com que eu lesse mais rápido, mas não foi também como esperei, realmente fica um pouco mais animado o livro depois da metade dele que é quando temos mais contato com os mercenários, mas ainda os diálogos são monótonos.
      Uma coisa que me deixou completamente impressionada é que a impressão que me passou é que arqueólogos conseguem ficar muitos dias sob pressão sem dormir, no livro todo eles sempre estão em movimento e apenas pequenas pausas são feitas para descansos, eles pareceram mais super humanos do que arqueólogos.
     A vontade de querer que o livro conte histórias de descobertas sobre Atlântida não acontece, poucas coisas são faladas realmente sobre a cidade perdida e eles ficam pouco tempo nela também. Então o que mais lemos na história são reuniões sobre como eles vão mergulhar, qual equipamento usarão e coisas do tipo.
     Para quem não entende nada sobre equipamentos de mergulho, bombas, armas e procedimentos arqueológicos pode diversas vezes nos sentimos observando uma cena em que eles falam uma língua completamente incompreensivel para nós.
     Tudo bem que o David Gibbins seja PhD em arqueologia, mas baseando por esse livro vejo que ele tem que levar em consideração que a maior parte das pessoas não estudaram tudo que ele sabe e que por isso esses detalhes atrapalham a leitura.
     Além de tudo, os personagens não me agradaram, eles parecem simples marionetes seguindo o ritmo da dança sem muitas emoções e sempre que eles estavam no fundo do mar era quase a mesma coida do que no nível da terra, o que dava um pouco de confusão para saber aonde eles tavam mesmo.
     Esse foi o primeiro livro publicado pelo Gibbins, talvez nos outros ele tenha evoluído como escritor e feito seus livros mais atrativos, mas eu não sei se arriscaria a pegar outro dele para ler, pensaria muito antes.