Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788599296295
Ano: 2009
Páginas: 288
Tradutor: Fernanda Abreu
"Joe Hill é uma das vozes mais firmes e seguras da nova ficção de terror
e fantasia surgidas nos últimos anos.” - Publishers WeeklyEditora: Arqueiro
ISBN: 9788599296295
Ano: 2009
Páginas: 288
Tradutor: Fernanda Abreu
Fantasmas do século XX é muito mais do que um livro – é uma experiência sensorial assustadora e atraente.
Considerado o novo mestre do horror, Joe Hill apresenta 17 contos que passeiam por todas as vertentes da literatura de terror: do sobrenatural ao suspense, do thriller à fantasia.
Com um texto ágil, ácido, repleto de referências culturais, este livro tem o poder de suscitar sentimentos opostos, fazendo com que o leitor fique ao mesmo tempo aterrorizado com o rumo da história e empolgado com o ritmo da narrativa.
Em cada conto, por meio da trajetória de cada personagem – um adorável menino inflável; o filho de Van Helsing; um garoto seqüestrado que recebe ligações de um morto; um editor que se vê dentro de um conto de terror; um dono de cinema que se apaixona por um fantasma –, Hill dá vida aos nossos piores pesadelos, nos levando a refletir sobre as atrocidades de que o ser humano é capaz.
Profundos, sensíveis e perturbadores, os contos reunidos nesta coletânea permanecem vivos na mente do leitor até muito tempo depois de ele fechar o livro.
Quando peguei
esse livro para ler, confesso que esperei muito do Joe, pois já li e fiz
resenha do livro O Pacto dele aqui no blog e gostei muito, de começo quero
dizer que me decepcionei um pouco com o livro, mas como o Fantasmas do Século
XX é anterior ao Pacto, talvez isso mostre um pouco de como os escritores vão
amadurecendo e seus livros ficando melhores.
O livro contem 15
contos dos mais diversos gêneros, nem todos são terror ou suspense, alguns nem
sei qual seria a classificação, alguns são ótimos, não posso negar, mas a maior
parte do livro achei estranha, a sensação que temos enquanto lemos é como se entrássemos
no meio de uma sessão de cinema e saíssemos antes do final.
Muitos dos personagens dos contos são pouco
elaborados, vazios e os finais não são abertos (o que muito me agrada) são
escancarados em muitos deles, não chega a dar a sensação de formigamento na
barriga para saber o que aconteceu e sim uma revolta e a pergunta que não sai
da cabeça “e ai?”.
O livro contem 15
contos que são:
- O melhor do novo horror
- Fantasmas do século XX
- Pop Art
- Vocês irão ouvir o canto do gafanhoto
- Os meninos de Abraham
- Melhor do que lá em casa
- O telefone preto
- Encurralado
- A capa
- Último suspiro
- Madeira Morta
- O desjejum da viúva
- Bobby Conroy volta dos mortos
- A máscara do meu pai
- Internação voluntária
No fundo, posso
estar sendo meio cruel na avaliação do livro por não ter gostado de alguns
contos, O melhor do novo horror é muito interessante e com um final que dá o
formigamento.
Fantasmas do
Século XX tem começo meio e fim e é uma história muito intrigante, chegando a
ser até um pouco romântica.
Pop Art e Melhor do que lá em casa são histórias tão
sem pé nem cabeça, talvez elas tentem passar alguma mensagem profunda de
ensinamento que não foi capitada por mim, porque eu não entendi a intenção
desses contos.
Vocês irão ouvir
o canto do gafanhoto foi uma tentativa frustrada de reescreve A Metamorfose do
Franz Kafka, ficou fraca e sem comparação ao original.
Os meninos de
Abraham é um daqueles que quando chega ao ápice da história acontece uma coisa
inesperada e FIM, nenhuma explicação do depois que seria muito necessária para
o conto.
O telefone preto
é bem interessante, mas uma coisa incomoda profundamente nele, tudo que uma
pessoa faz geralmente existe algum motivo, o qual não é explicado.
Encurralado deixa uma dúvida no ar sobre o
final, mesmo o final sendo aberto não deixa aquela revolta, ficamos empolgados
e ele acaba, mas o conto não sai da cabeça e milhões de perguntas nos
atormentam sobre o que pode ter acontecido.
A capa eu considero
mais como um romance do que qualquer outra coisa, é uma história doce e muito
bem elaborada.
Último suspiro
tem o final, mas o que incomoda é o meio, não fica bem claro o que aconteceu
exatamente para se chegar naquela situação, para alguns pode ser interessante a
pergunta sobre esse conto, mas eu senti um vazio imenso na história dele.
Madeira morta,
acho que consegue ser tão bizarra quando Pop Art e Melhor do que lá em casa,
mas como é um conto de duas páginas, acho melhor dar um desconto, pelo pouco
que deu para entender também é um história de amor e a sensação de vazio e
coisas que surgem do nada em nossa vida, mas poderia ser muito mais elaborado,
duas páginas foi muito pouco para ele.
O desjejum da
viúva chega a ser bom e deixa um pouco de perguntas a serem respondidas, mas o
suspense não conseguiu prender muito, ainda mais o final, não dá muito frio na
barriga o fechamento dele.
Bobby Conroy
volta dos mortos também não é terror, chega a ser suspense, acho que foi uma
das histórias que mais gostei no livro, é sobre um homem fazendo cenas de
coadjuvante em um filme e nele encontra um amor de passado, muito bom e
interessante.
A máscara do meu
pai chega a ser bem profundo, mas um pouco perdido, nessa história os pais de
Jack vivem falando de pessoas que são cartas de baralho, acho que esse conto
pode ser classificado mais como surreal devido ao pouco conteúdo, mesmo assim é
uma ótima história.
Finalmente, o
último conto Internação Voluntária é o mais de terror e suspense que existe no
livro, história envolvente, personagens bem elaborados e uma história surpreendente
do começo ao fim, acho que o livro poderia até ter o nome desse conto.
É, avaliando
assim separadamente os contos, posso estar sendo um pouco cruel com o livro, é
que os poucos contos que desagradam acabam deixando uma sensação ruim para o
leitor. Mesmo assim, vale a pensa ser lido para quem quer ler histórias
diversificadas e bem curtinha.
Sobre autor
Joseph Hillstrom King, mais conhecido como Joe Hill é um escritor
estadunidense de livros do gênero de ficção. É filho do também escritor
Stephen King. Seu nome foi escolhido como uma forma de homenagem ao
anarquista sueco Joe Hill.
Em 2007, lançou um livro de terror, intitulado no Brasil de A Estrada da
Noite.
É também de sua autoria a coletânea de contos Fantasmas do Século XX,
publicada no Brasil em 2009.
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